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  • Indira Petit

Nada do que eu tenho é meu, exceto o que eu dou

“Nós vamos ser no mundo espiritual o que somos na Terra quando encarnados. Por isso é tão importante lutar contra suas imperfeições enquanto estamos vestindo o corpo físico, pois todas as conquistas materiais ficarão e nada valerão aqui. Mas o esforço empregado para ser uma pessoa melhor e fazer a caridade, isso aqui valerá mais que ouro, mais que prata. Mas será tão valioso, que dinheiro nenhum do mundo poderá comprar.”

O Céu de Beatriz, 2015, pág. 69

Ditado por Fátima através do médium Fernando Ben



Essa fala atribuída à Fátima me parece ser a maior lição da experiência encarnatória aqui na Terra: tudo que é físico ficará e perecerá, apenas o bem que é feito permanece. Nada do que eu tenho é meu, exceto o que eu dou.

As joias, as casas, as roupas e tudo mais que pode ser acumulado são como tentar segurar um punhado de areia no deserto – a pessoa pensa que a mão está cheia, mas a areia escapa por entre os dedos e a mão encontra-se vazia mais uma vez. Mas qual o vazio que eu quero ser? O da mão que tentou segurar e não conseguiu ou daquela que deu tudo que tinha? Aos meus irmãos na caminhada terrena, eu dei todo o amor, toda a compreensão, toda a paciência que eu poderia oferecer?

Entramos na experiência física como pedras brutas e, diante das situações que a vida nos oferece, temos a oportunidade de polirmo-nos para brilhar com mais clareza. Diante das dificuldades, das perdas e do sofrimento que cada um enfrenta, lapidamos nosso caráter, a essência que retornará ao cosmos e vestirá outros corpos quando esse não mais servir. Se encontramos pessoas difíceis, é porque nós estamos precisando nos tornar mais fáceis.

A Terra é uma grande escola e somos ainda os estudantes primários. O diploma que receberemos é pelo êxito que teremos em uma atitude pautada na ética, em quantos defeitos conseguimos superar, no quanto conseguimos olhar para as pessoas ao nosso redor enquanto verdadeiros irmãos, trata-los e cuidá-los como irmãos. Não apenas os mais próximos, mas em especial os mais distantes, aqueles que se dizem até nossos inimigos. Não são aqueles que me amam e me elogiam que me auxiliam a evoluir, mas aqueles que tem coragem de apontar meus erros para que eu possa me corrigir.

O céu não é um lugar físico, é um estado de consciência que pode ser alcançado ainda aqui na Terra. Não é algo a ser esperado enquanto recompensa, é algo a ser construído todos os dias na oportunidade de amar e servir aos outros, que são a minha continuação.


Indira Petit

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